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08/07/2020

Quais os caminhos necessários para uma boa Gestão de Obras?

Quais os caminhos necessários para uma boa Gestão de Obras?

Quando me propus a escrever este artigo, comecei a pensar: o que é mais relevante e importante na gestão de obras?

 

Podemos imaginar, de uma forma bem simplista, que as atribuições de um gestor de obras, no intuito de promover uma boa gestão, consiste em analisar, apontar e propor ações de correção, além de promover o acompanhamento e fiscalização de todas as etapas construtivas, desde o envolvimento na concepção de um projeto até a entrega das chaves de um imóvel.    

 

No entanto, não é somente isso. O que se espera dessa função é algo muito mais abrangente. Para melhor entender o tema do artigo, vamos analisar o cenário atual do mercado da construção civil no País.

 

Atualmente, e devido principalmente às exigências de mercado, os prazos para execução de obras e os preços contratualizados têm margens cada vez menores, em contrapartida a qualidade de execução tornou-se “a imagem da marca” para qualquer empresa que queira ter sucesso, exigindo uma eficaz e bem coordenada gestão, a qual é fundamental para atingir os objetivos propostos para cada projeto.

 

Cada atividade realizada demandará consumo de tempo e de recursos, e estas são as duas variáveis fundamentais na elaboração do planejamento de uma obra. Ou seja, uma correta gestão do tempo de execução, prevendo o máximo de inconvenientes que poderão ocorrer, com o propósito de mitigar seus impactos, nos quais devemos atribuir maior atenção às “atividades críticas” (aquelas pertencentes ao caminho crítico).

 

Uma liderança determinada, capaz de incutir o sentido de equipe, garantindo que cada colaborador  saiba o que deve fazer, quais são suas responsabilidades e os limites do seu campo de ação, motivando o aproveitamento dos recursos disponíveis, são detalhes importantes que garantirão o cumprimento do prazo de execução da obra e das margens de lucro orçamentadas.

 

A gestão de obra não é uma ciência exata, exige-se que ela seja feita de uma forma séria, com o firme propósito de acertar e de extrair ensinamentos em todas as circunstâncias, ou seja, as nossas lições aprendidas.

 

Seguindo com o propósito de orientar e promover uma boa gestão, com foco nos objetivos propostos para um projeto, listarei as mais importantes ações a serem empreendidas por um gestor de obras, no qual, envolver-se em todas as etapas é essencial e necessário. Chamamos de “Gestor ter a obra na mão”:

 

  1. Promover o gerenciamento da integração do projeto. Isso requer o gerenciamento de vários projetos e projetistas, assim como suas interferências e interdependências para mediar conflitos inerentes a esta etapa. Resolver o maior número de problemas na etapa de projetos auxilia as equipes de produção;
  2. Promover o gerenciamento do escopo do projeto. Analisar o que foi proposto e se perguntar: o que foi proposto construir está sendo seguido?
  3. Controlar, conjuntamente com o Departamento de Orçamento e Planejamento, os custos do projeto orçado em relação ao real executado e corrigir os rumos, se necessário. Deve ainda, eventualmente, propor alterações que otimizem o andamento físico e financeiro do projeto;
  4. Gerenciar o prazo previsto do projeto para que os serviços programados e suas interdependências sejam iniciados e concluídos nas datas panejadas, para não fugir do planejado;
  5. Organizar, supervisionar e direcionar, no canteiro de obras, as atividades dos trabalhadores sob suas ordens, distribuindo, coordenando e orientando as diversas tarefas, para assegurar o desenvolvimento do processo de execução dentro dos prazos e observância às normas e especificações estabelecidas para garantir a qualidade;
  6.  Coordenar e orientar as equipes produtivas do canteiro de obras e as necessidades de alocação de recursos de mão de obra, materiais e equipamentos;
  7.  Acompanhar o processo de aquisição, o estoque dos materiais e a mão de obra. Itens indispensáveis para o não comprometimento das atividades, previstas de cordo com o cronograma;
  8. Promover o controle tecnológico e rastreabilidade dos serviços, conforme normas (concreto, aço, blocos, argamassas, etc.), bem como garantir o arquivo dessas informações;
  9. Implementar os treinamentos das equipes de obra, destacando a segurança e a qualidade, conforme escopo serviço;
  10. Apontar problemas de qualidade e segurança, propondo alternativas;
  11. Executar a obra conforme projeto aprovado e projeto complementar, respeitando o memorial descritivo;
  12. Na obra, manter organizado todos os documentos relacionados à segurança, aos funcionários, empreiteiros, alvará de execução e ARTs (Anotação de Responsabilidade Técnica);
  13. Estudar possíveis necessidades e desenvolver novos processos operacionais e administrativos para sanar ou mitigar riscos ou problemas durante o processo executivo;
  14. Promover o gerenciamento das partes interessadas (Stakeholders), cuja atividade inclui: identificar, planejar e incentivar o engajamento de todas as partes interessadas no projeto. Os objetivos do gerenciamento das partes interessadas é aumentar o suporte e comprometimento dos envolvidos ao projeto. Para isso, são utilizadas estratégias para identificar e gerenciar as expectativas das partes interessadas.

 

Todos estes pontos elencados anteriormente, e principalmente o “diálogo”, propiciam ferramentas para buscar um melhor resultado final do projeto.

 

Para concluir este artigo, destaco uma frase do Cientista Stephen Hawking:

“As grandes conquistas da humanidade foram obtidas conversando, e as grandes falhas, pela falta de diálogo.”

ESCRITO POR:Luis Antonio Jacomo
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